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domingo, 30 de janeiro de 2011

Uma esmola pelo amor de Deus

Era uma tarde de domingo como outra qualquer, o céu fechado e sombrio davam-me a idéia de que iria chover. Mas antes que isso ocorresse, o vento frio que batia em minha pele já não juvenil era um castigo o qual eu teria de sofrer em dias como estes.

‘’Uma esmola pelo amor de Deus’’, era o que eu dizia para os seres que iam e vinham pelas calçadas, os quais pareciam carros em alta velocidade, derrubando tudo que via pela frente, se é que viam alguma coisa, por que normalmente esbarravam em mim como se eu fosse um lixo, ou algo pior.

Batiam 4 horas no relógio da catedral quando avistei um homem do outro lado da rua, cabelo grisalho, aparentava cinqüenta anos. Quando me dei conta, o tal homem já estava em minha frente me estendendo as mãos. Aquele homem agarrado em meus braços me guiava por dentre as ruas sem dizer uma palavra, apenas me olhava com uma expressão desconfiada.

Após 20 minutos de caminhada, chegamos à frente uma casa classe média, a qual parecia pertencer a ele. Enquanto eu olhava a casa e tentava descobrir o porquê de minha presença ali, o homem me abraçou como se estivesse com medo de me perder, e aos soluços me chamou de mãe.

Naquele momento não me contive, e mesmo com varias dúvidas, abracei-o e pedi perdão. Perdão por te-lo abandonado, perdão por não ter sido uma mãe para ele quando mais precisava. O que me da forças para viver hoje, é saber que meu filho me entende e sabe que tudo que fiz foi por amor.

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